quinta-feira, 31 de março de 2011

SOBRE OFICINA 3


Caros estudantes,

disponibilizamos o cronograma da Oficina 3, juntamente com os textos de leitura obrigatória para próxima aula [05 de abril/2011, terça-feira]:


Obs.: leitura das páginas 82 a 87.


OFICINA 3: Experiência de Apreensão 3 – Memórias
Coordenação: Felipe Musse, João Pena e Osnildo Wan-Dall Jr.

Tema: Memórias de tempo e espaço: lugar – ou O lugar da memória

Objetivos: dentro do tema geral da disciplina, Partilha e Conflito no Espaço Público, ampliar o entendimento do lugar a partir da compreensão do que o constitui no plano do sensível, compreendendo espacialidades e temporalidades diversas e inesgotáveis; incitar reflexão sobre o que faz do lugar um lugar no que concerne às memórias.

Local: Atelier 5 da FAUFBA

Cronograma:
Dia 01: 05 abril, 2011 – discussão Textos 3
[links para download disponíveis aqui no blog]
Duração: 2 horas
Dia 02: 07 abril, 2011 – trabalho de campo
Duração: 4 horas
Dia 03: 11 abril, 2011 – apresentação grupos
            Duração: 2 horas

Metodologia: leitura prévia dos textos de apoio; exposição, discussão e conceituação da proposta e das definições apresentadas; dinâmica de relatos e construção de temas; elaboração de estratégias de aproximação e identificação dos lugares; trabalho de  campo para verificação e descoberta dos lugares; sistematização e representação dos levantamentos; formulação de relatos e exposição dos produtos; discussão final, conclusão e encerramento da oficina.

Programa:
a) divulgação da oficina no blog no dia da última aula anterior ao início dos trabalhos com indicação e incentivo da leitura dos textos de apoio e sugestão de uma pesquisa própria sobre o tema “lugar”.

b) aula 1: exposição [explicação e apresentação da proposta], discussão e debate sobre os conceitos dos textos de apoio; atividade de identificação e descrição de lugares da memória na experiência em grupo; agregação de temas comuns e particulares; exibição de trechos do filme Por uma outra globalização, de Milton Santos.

c) aula 2: trabalho de campo na Avenida Sete com coleta de informações e aplicação das estratégias elaboradas para identificação, descoberta e busca de lugares a partir das memórias unindo, de certo modo, as experiências obtidas com as duas oficinas anteriores da disciplina (derivas e entrevistas); indicação da confecção/utilização, em grupos, de mapas e cartografias ou outras formas de representação dos lugares a partir das memórias.

d) aula 3: apresentação dos relatos e resultados construídos; discussão da relação memória e lugar com o tema Partilha e Conflito no Espaço Público; encerramento.

AULA 5


[AULA 5: 29 de março/2011, terça-feira]
Oficina experiência de apreensão 2 - entrevistas (Eduardo)
Discussão textos 2


No primeiro momento da aula foi apresentada a experiência de deriva fita por uma das estudantes no Centro de São Paulo. 


Imagem representativa da percepção a partir da deriva

Em seguida, o prof. Eduardo Carvalho fez uma apresentação de sua experiência profissional em Alagados e de sua dissertação:  "Os Alagados da Bahia - Intervenções Públicas e Apropriação Informal do Espaço Urbano". Em seguida, ele apresentou os resultados de sua tese: "Arquiteturas e Urbanismos. Processos Políticos e Culturais: Práticas em Paris". 

O terceiro momento da aula foi dedicado à discussão dos textos indicados sobre pesquisa de campo, sendo então definida a questão a ser investigada na aula de quinta-feira: O que faz deste lugar um lugar? Os estudantes terão essa aula para fazer, em grupos, entrevistas na área de estudo (Avenida Sete de Setembro e entorno) sobre tal questão.

Abaixo postamos um esquema do Movimento Moderno em Arquitetura e Urbanismo apresentado pela profa. Paola Berenstein na aula 03:





MOVIMENTO MODERNO EM ARQUITETURA E URBANISMO


MODERNIZAÇÃO (meio-final séc XIX, início séc XX)
Grandes reformas urbanas –Base inicial da própria disciplina
1854 - Plano de Haussmann para Paris / Projeto de metro de Londres
1859 - Plano de Cerdà para Barcelona / Plano de Viena (Ringstrasse)
1867 - I. Cerdà : Teoría general de Urbanizacion
1889 - C. Sitte : Der Stadtebau nach seiner kunstlerischen Grundsatzen
1895 - O. Wagner : Moderne Architektur
1898 - E. Howard : To-morrow: a peaceful path to real reform
1903 - A. Riegl : Der moderne Denkmalkultus
*chave: Debate Viena: Ringstrasse/Camillo Sitte, 1889 X Otto Wagner, 1895

VANGUARDAS MODERNAS (anos 1910-1920)
Cidades utópicas – Crítica cidade existente
Futuristas (movimento), Itália – Cidade Nova, Antonio Sant’Elia, 1914
Esprit Nouveau (revista), França – Cidade 3 milhôes de habitantes, Le Corbusier, 1922
Bauhaus (escola),  Alemanha – Cidade Vertical, Ludwig Hilberseimer, 1924
De Stijl (revista), Holanda – Cidade Contemporânea, Cornelius Van Eesteren, 1926

Construtivistas (movimento), Rússia – Cidade Indústria, Iakov Chernikov, 1927

*chave: Weissenhof Siedlung, Sttutgart: vários arquitetos modernos, 1927

CIAM’s (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna –1928/1959)
Movimento Moderno propriamente dito – Doutrina Moderna

Fase 1 – dominação da língua alemã, Neues Bauen

De CIAM 1 - La Sarraz : Fundação dos CIAMs- 1928 à
CIAM 3 - Bruxelas : Loteamento Racional- 1930

Fase 2 – dominação da língua francesa, Le Corbusier

De CIAM 4 - Atenas (Patris II) : Cidade Funcional – 1933 à
CIAM 7: Bergamo : «Grille » CIAM - 1949

Fase 3 – dominação da língua inglesa, Team X

De CIAM 8 - Hoddesdon : O coração da cidade - 1951 à
CIAM’59 - Otterlo : fim dos CIAMs - 1959
*chave: Carta(s) de Atenas/ 1933-1943, versões Le Corbusier x Sert

MODERNISMO ( pós-guerra/ anos 1960-70)
Carta de Atenas na Prática – Tabula Rasa Real

Conjuntos Habitacionais/Construção em massa

Projetos reutilizáveis/genéricos
Arquitetos de fora do CIAM/técnicos municipais
Padronização/Uniformização
Estilo Internacional (EUA)

“Perda da Aura” – W. Benjamin / “Indústria Cultural” – T. Adorno

* chave: Demolição Pruitt-Igoe, St. Louis, 15 de julho de 1972 às 15hs32min

quinta-feira, 24 de março de 2011

AULA 4

[AULA 4: 24 de março/2011, quinta-feira]
Oficina 1 - derivas (Paola)
Trabalho de campo + Apresentação grupos 1



O primeiro momento da aula de hoje foi a prática da deriva para apreensão por grupos do trecho de estudo iniciando na esquina da Rua da Forca com a Avenida Sete de Setembro no bairro do Centro.

O segundo momento foi a discussão em sala sobre as experiências vividas por cada grupo, suas impressões e descobertas que foram sintetizadas em palavras e desenhos que foram em seguida agrupadas de acordo com sua relação à idéia de partilha ou conflito do espaço urbano.


Resumo dos relatos das derivas



Para a realização da próxima oficina na terça (29/03) são indicadas as seguintes leituras:

1 - Antropologia para quem não vai ser antropólogo
Trecho do livro de Rafael José dos Santos [Arq: PDF - Tam: 766 KB]
Link: <http://www.laboratoriourbano.ufba.br/download.php?idArquivo=66>

2 - Os dez mandamentos da observação participante 
Resenha de Licia Valladares do livro "Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada" de William Foote WHYTE [Arq: DOC - Tam: 37 KB]


3- Da elaboração participativa à gestão democrática
Texto de  Nathan Belcavello de Oliveira e Fabiana Borges da Silva Moreira do Ministério das Cidades [Arq: PDF - Tam: 121 KB]

AULA 3


[AULA 3: 22 de março/2011, terça-feira]
Oficina experiência de apreensão 1 - derivas (Paola)
Discussão textos 1



Nesta aula o tema central foi a discussão dos textos referentes à Oficina 1 (derivas), coordenada pela prof. Paola. Em meio às discussões dos textos, delineou-se brevemente alguns dos reflexos que o Movimento Moderno em Arquitetura e Urbanismo gerou para a criação do Urbanismo - e do próprio termo Urbanismo Moderno - dividido nas seguintes fases:

1: modernização das grandes cidades e as reformas urbanas - meio-final do séc. XIX e início do séc. XX
2: vanguardas modernas - cidades utópicas, críticas às cidade existentes, futuristas, criação da Bauhaus, etc. - anos 1910 a 1920
3: Movimento Moderno propriamente dito, com a criação dos CIAMs - 1928 a 1959
4: Modernismo - Carta de Atenas na prática, conjuntos habitacionais, construção em massa, Team X como reação ao pensamento moderno - pós-guerra até anos 1960-70

E, relativamente aos textos, que ilustram, de certo modo uma reação ao pensamento moderno ou alternativas no que diz respeito à leitura e compreensão do espaço, indicou-se as idéias principais do grupo Internacional Situacionista, liderado pelo francês Guy Debord, que investia na construção de situações como técnica (psicogeografia) e prática (deriva) de reconhecimento da cidade a partir de uma geografia afetiva ou subjetiva.

Ao final da aula, sugeriu-se que a turma fosse dividida em grupos de 3 a 5 alunos para "derivar" pela cidade na aula seguinte. Ficou, portanto, o convite ao "jogo":

Deriva=Jogo
Regra geral=Lugar/Hora
Regra grupo=Inventar

15h30 - Início deriva (esq. Rua da Forca/7 Setembro)
16h30 - Final deriva
17h00 - Início apresentações (relatos) em atelier


Nota: para quem não conseguiu ler a tempo os textos (conforme indicação no Cronograma da disciplina enviado para o Grupo anteriormente) da primeira discussão e gostaria de fazer a leitura, segue links dos [Textos 1]:

Guy Debord, 1958

2- Breve Histórico da Internacional Situacionista
Arquitextos/Vitruvius outubro 2003

3- Elogio aos errantes
Arquitextos/Vitruvius outubro 2004

AULA 2


[AULA 2: 17 de março/2011, quinta-feira]
Caminhada Avenida 7 - da praça Castro Alves à Barra
(encontro às 15.30 na porta do Cinema Excelsior)


O objetivo desta aula foi que cada aluno, individualmente ou em grupos, percorresse a Avenida 7 no trajeto que compreende a área de intervenção do primeiro semestre. Este reconhecimento de área tinha como objetivo um ponto inicial (praça Castro Alves) e um ponto final (Farol da Barra), num percurso não necessariamente linear, o qual permitia que as adjacências da Avenida 7 pudessem também ser exploradas - mas mantendo sempre o foco de um local de chegada.

AULA 1


[AULA 01: 15 de março/2011, terça-feira]
Apresentação do curso e apresentação de professores e estudantes - Discussão do tema central



Nesta primeira aula, à medida que todos foram se apresentando, buscou-se identificar qual o conhecimento dos alunos sobre Urbanismo: quais eram suas apreensões, leituras e base teórica e, sobretudo, o que é Urbanismo para cada um dos alunos e o quais suas expectativas para com a disciplina.

Foi exposta a área de intervenção do primeiro semestre, Avenida Sete (que compreende o trajeto desde o Farol da Barra até a Praça Castro Alves) deixando em aberto a área de intervenção do segundo semestre. Todo o Atelier será construído coletivamente. Será buscada a apreensão sensível do espaço urbano na cidade contemporânea, relacionada às experiências nele vividas por cada aluno, para que o não-resultado deste processo sejam propostas ou visões propositivas de intervenção na cidade.

Por fim, foi agendado encontro para a aula seguinte na Praça da Sé, para reconhecimento da área de intervenção.

PARTILHA E CONFLITO NO ESPAÇO PÚBLICO

Caros,

somos Felipe Musse, João Pena e Osnildo Wan-Dall Jr., profs. de Tirocínio Docente da disciplina Atelier 5 do curso de graduação da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, coordenada pelos profs. Eduardo Teixeira Carvalho e Paola Berenstein Jacques.

Dentro do tema da disciplina, Partilha e Conflito no Espaço Público, iniciamos aqui neste primeiro post uma espécie de "Diário de Bordo", onde pretendemos relatar e registrar o processo de trabalho do Atelier, e também grifar, de certo modo, as atividades em desenvolvimento, dando os informes referentes às aulas seguintes.

Disponibilizamos também aqui link para o Cronograma da disciplina: http://rapidshare.com/files/454240275/A52011.pdf

Sejam todos muito bem-vindos!